Lista candidata ao Conselho Geral
da Universidade de Coimbra
2024-2028

tESTEMUNHOS

Liberdade de pensar e agir de acordo com valores e princípios

Isabel Carreira (FMUC)

Em 2020 foi-me dada a oportunidade de integrar a Lista E para o Conselho Geral pela Faculdade de Medicina! 

Confesso que ao início tive alguma hesitação…não conhecia pessoalmente os membros da lista, apesar de os conhecer como figuras na nossa Universidade, e também porque não sabia se esta adesão a uma Lista implicaria condicionar a minha forma livre de estar e pensar.  Esta incerteza logo se dissipou na primeira reunião, pois foi, claramente expresso, que cada membro da lista teria a liberdade de pensar e agir de acordo com os seus valores e princípios. Ao longo das semanas senti que estávamos sintonizados em muitas causas comuns e na vontade de contribuir para “O Órgão” das decisões estratégicas que definem o futuro da nossa Universidade. 

Tanto nas sessões plenárias como nas Comissões, trabalhou-se com muita vontade de contribuir, com muita generosidade e, até me atrevo a dizer com vaidade e orgulho, de poder contribuir para o fortalecimento da nossa instituição e da comunidade académica que ela representa. E nem sempre estivemos de acordo! Fiz parte, ao longo destes quatro anos, da “Comissão de Inovação, Serviço e Relação com a Comunidade” o que me permitiu sentir e perceber melhor muitas áreas da nossa UC, quer intra- quer extra-muros. O nosso trabalho na Comissão alicerçou o evento inovação@UC, que decorreu anualmente e que queremos crer que seja um dos nossos legados à Universidade.

Tenho algum lamento? Sim, o de não ter tentado fazer parte do Conselho Geral há mais tempo! A diversidade das nossas experiências e ideias, a sua partilha e o que aprendemos com estas experiências é a nossa maior riqueza e o melhor contributo para uma Universidade mais vibrante, mais abrangente, mais visionária, mais integradora. 

Por favor envolvam-se, acreditem que vale mesmo a pena! 

Não posso terminar sem expressar a minha gratidão pela confiança depositada em mim e pelo apoio de todos os Colegas que tornaram esta minha vivência tão significativa.

Fortalecer a UC e a sua missão de serviço público - A minha experiência de participação no Conselho Geral

Isabel Festas (FPCEUC)

A minha experiência no atual mandato do Conselho Geral, para o qual fui eleita pela Lista E, tem-me permitido viver de modo particular o pulsar da UC.

Nas sessões plenárias e na Comissão de Ensino, Investigação e Desenvolvimento (CEID), de que faço parte, tenho testemunhado a importância deste Órgão na vida da UC, designadamente na definição da sua  estratégia, no acompanhamento colaborativo, construtivo e crítico da ação do Reitor, e na promoção do debate interno e alargado à comunidade académica, como o que ocorreu nos eventos organizados pela CEID, em torno de questões sobre o papel da investigação e do ensino na Universidade.

Fazer parte da Lista E tem sido um grande suporte da minha participação no Conselho Geral, reforçando o meu compromisso com princípios em que acredito, fundados no sentido institucional e no sentimento de responsabilidade e de serviço à UC. Como todos os membros da Lista E, tenho traçado este caminho com a liberdade e a independência consagradas no seu Manifesto, consciente de que estes valores se devem subordinar ao interesse da UC. Estou segura de que estes mesmos princípios e valores nortearão sempre a Lista E na sua vontade de cumprir o desígnio de fortalecer a UC e a sua missão de serviço público.

SER OU NÃO SER (CAPAZ), EIS A QUESTÃO

João Gouveia Monteiro (FLUC)

O RJIES (2007) revolucionou a orgânica das universidades, instituindo o Conselho Geral, a par do Reitor e do Conselho de Gestão, como os seus três órgãos diretivos.

À luz desta lei, que enquadra os Estatutos da UC (2008), o CG é o principal órgão colegial de governo de uma universidade, cabendo-lhe não apenas eleger o Reitor, mas também apreciar os atos deste (podendo até destituí-lo), propor as iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da UC e, sob proposta do Reitor, aprovar os planos estratégicos e de ação, as linhas gerais de orientação da Universidade, os planos e os relatórios anuais de atividades, assim como as contas consolidadas e a proposta de orçamento, entre outras competências (art.º 41.º).

Pelo seu lado, o Reitor é «o órgão de governo e de representação externa da Universidade» (art.º 44.º). Já ao Conselho de Gestão, constituído pelo Reitor, um Vice-Reitor e o Administrador, compete conduzir a gestão administrativa, patrimonial e financeira e dos recursos humanos da Universidade, assim como fixar as taxas e emolumentos (art.º 51.º).

Esta arquitetura estabelece um equilíbrio entre os vários órgãos de governo, nomeadamente entre CG e Reitor, o primeiro com atribuições mais de planeamento estratégico e de supervisão, o segundo com caráter mais executivo e de representação. Este equilíbrio só sobreviverá se ambos os órgãos se respeitarem mutuamente, colaborando entre si com a máxima lealdade mas sem se descaracterizarem. Ou seja, sem violarem a separação de poderes prevista no RJIES.

Qualquer lista que se apresente a eleições para o CG deve fazê-lo em nome da dignidade deste órgão e com respeito absoluto pelas suas competências. É errado, por exemplo, constituir uma lista na expetativa de eleger um determinado Reitor, pois isso converterá os conselheiros em reféns dessa escolha, ou em antagonistas do dirigente eleito. O norte deve ser unicamente o interesse da UC. Apoiar as iniciativas que merecerem esse respaldo, reprovar as medidas que não beneficiem a instituição, propor o que for oportuno (incluindo o que tiver sido estudado nas comissões permanentes do CG), qualquer que seja o momento. Com independência, sentido crítico firme e lealdade institucional. Foi sempre esta a bússola da lista E, desde a primeira eleição (2008).

Só assim é que o Conselho Geral vale a pena. Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas, com este RJIES, aquela é a única forma de dignificar o mais importante órgão de governo da universidade. Saibam todos os intérpretes estar à altura da lei.

Unidos numa mesma visão estratégica para a UC - Um testemunho da participação no Conselho Geral

Luís Dias (FEUC)

Fiz parte do Conselho Geral da UC no mandato 2016-2020, eleito pela Lista E como um dos representantes dos Docentes e Investigadores. Voltei a integrar a mesma lista no ciclo seguinte, tendo reingressado no Conselho nestes últimos seis meses de 2024, por força da substituição de outros membros. Ao encerrar-se mais este ciclo, qual o testemunho que posso dar?

Começaria talvez por realçar o relevo que o Conselho Geral tem tido – e deve continuar a ter – na definição da estratégia da UC, com real capacidade de influenciar as políticas da nossa Universidade. É uma influência que resulta não apenas das decisões tomadas nas reuniões plenárias, mas sobretudo do trabalho mais intenso e menos visível das comissões do Conselho Geral, dos diagnósticos que efetuamos e das direções que apontamos.

Em segundo lugar, salientaria a liberdade de que sempre gozei enquanto membro eleito pela Lista E, seja para intervir, seja para votar. Cada um de nós é eleito para pensar pela sua própria cabeça, sem estar constrangido por quaisquer interesses. E tal significa que, apesar de unidos numa mesma visão estratégica para a UC, nem sempre os membros da Lista E votaram no mesmo sentido em todas as ocasiões.

Por fim, teria que recordar a honra que senti por ser acompanhado por colegas de lista que, embora sendo pessoas conhecidas e reconhecidas na UC e fora desta, não eram maioritariamente pessoas que conhecesse pessoalmente. Presenciei a sua abnegação em prol dos interesses da UC e a forma generosa como dão o seu empenho e o seu tempo – um bem notoriamente escasso para pessoas envolvidas em múltiplas frentes de atividade – à causa do Conselho Geral.

Destarte, não poderia augurar senão o mesmo para o futuro, encorajado pelo que observo na nova composição da Lista E: terem influência, apesar de não serem quem governa; serem livres, apesar de unidos por causas comuns, mostrarem generosidade, apesar de tantas solicitações decorrentes do reconhecimento de que gozam. Que estejam em grande número a representar todas e todos os Docentes e Investigadores!